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Baiano Caetano Veloso se rendeu aos acordes do frevo. Foto: Jorge Luiz/Prefeitura do Recife. |
Cansados, embriagados ou saudosos - ou tudo isso junto -, os foliões, mais uma vez, encararam a chegada da Quarta-feira de Cinzas ao som do frevo. A programação da Terça-feira Gorda repetiu Alceu Valença, Elba Ramalho e o Arrastão do Frevo, atrações dos últimos anos, e trouxe ainda o multiinstrumentista Antúlio Madureira e Caetano Veloso com o Trio Preto + 1.
Com um hit atrás do outro, Alceu Valença foi acompanhado em todas as letras. Pulou, dançou, frevou inspiradíssimo (e falando francês) pela fantasia de Danton, líder da Revolução Francesa, recém-comprada na França, especialmente para a Folia de Momo. "Que, no próximo ano, as pessoas venham mais fantasiadas, em vez de usar uma blusinha com propaganda de um produto que não é seu", disparou, ao final. O repertório teve espaço basicamente para frevos (Morena tropicana, Voltei, Recife, Diabo louro, Vampira), à exceção de um pout-pourri de cirandas e Maracatu, de sua autoria.
Caetano Veloso não sabe frevar. Mas isso não o impediu de contemplar o patrimônio imaterial do repertório. Cantou Frevo nº 1 do Recife, de Antônio Maria, o mesmo escolhido pela irmã, Maria Bethânia, na festa de 100 anos do frevo, registrada no CD 100 anos de frevo - É de perder o sapato. Caê abriu o show sem banda, com Luz do sol, e apresentou canções novas, como Abraçaço, e vários sucessos. Sampa, Leãozinho, Queixa, Sozinho e Qualquer coisa estavam no setlist, com os sambas Foram me chamar e Desde que o samba é samba e a marchinha Filha da Chiquita Bacana. O Trio Preto + 1 contribuiu apenas com Batucada quente no setlist, mas conferiu uma pegada mais dançante ao show.
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Elba Ramalho abusou da simpatia e dos frevos. Foto: Giovanni Costa/Divulgação. |
A simpatia de Elba Ramalho estava proporcional à força de sua voz. O primeiro figurino, um vestido prateado justíssimo, descosturou na lateral, mas isso nem de longe pareceu incomodá-la. Elba pulou sem parar ao som de Leão do Norte, País tropical, Banho de cheiro (primeiro sucesso cantado por ela), Frevo mulher e tantos outros. A segunda roupa foi incrementada por um tiara que a fã Glaucia Arruda, de Santa Cruz do Capibaribe, entregou e a cantora baiana usou até o fim. Elba abriu com Dez mil anos atrás, de Raul Seixas, cantou Praieira, da Nação Zumbi, e ainda convidou ao palco o homenageado Naná Vasconcelos e J. Michiles.
FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2013/02/13/internas_viver,423034/frevo-ate-7h-encerra-carnaval-do-recife.shtml
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